segunda-feira, 28 de março de 2011

A luta continua


Em assembleia realizada na noite desta segunda, em Pio XII, os trabalhadores em educação da rede estadual de ensino decidiram manter a greve. Assim como os educadores de São Luis, Imperatriz, Santa Inês e outras cidades maranhenses, os educadores de Pio XII decidiram continuar a luta pela aprovação imediata do Estatuto do Educador.
Os educadores presentes à assembleia não se deixaram amedrontar pela atual ofensiva do governo do Maranhão, que se reflete na tentativa de tornar ilegal o movimento. Outra estratégia usada pelo governo foi o financiamento de uma nota em nome de entidades supostamente representativas da juventude se colocando contra a greve dos educadores. Grande pressão também tem recaído sobre os temporários (contratados) e os recém-nomeados, por parte dos gestores. "Manter a greve até a vitória é uma questão de dignidade", disse um dos professores presentes. Depois de amanhã, a greve completa 30 dias.
Além de aprovarem por unanimidade pela continuidade da greve, os trabalhadores em educação decidiram ampliar o comando grevista em Pio XII e somar forças com os professores de Santa Inês em passeata que será realizada na próxima quinta, 31.
A agenda da greve na capital
Amanhã de manhã em São Luis os profissionais da educação irão se concentrar na Assembléia Legislativa, em busca do apoio dos parlamentares estaduais.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Dutra pede que governo negocie com professores em greve


No Plenário da Câmara, o deputado Domingos Dutra (PTMA) pediu à governadora do Maranhão, Roseana Sarney, que abra as negociações com os professores do estado, em greve há 16 dias. “O estatuto que rege a educação foi aprovado no primeiro governo dela. Pedimos que negocie para que os alunos, principalmente os mais pobres, não percam o ano letivo”, reivindicou.

De acordo com Domingos Dutra, o Maranhão conta com quase 600 mil estudantes, em 1.420 escolas, “a maioria delas caindo aos pedaços, devido ao descaso do governo”. O deputado disse ainda que dos 32 mil professores maranhenses, 43% são contratados “sem nenhuma garantia trabalhista ou previdenciária”.

Ainda conforme o parlamentar, 60% dos alunos são analfabetos, e das 20 piores escolas do Brasil, cinco ficam no Maranhão. Para completar o quadro, disse 25% dos alunos que começam o ensino médio não concluem esse nível porque precisam trabalhar. “E aqueles que terminam o segundo grau têm de migrar para outros estados porque o Maranhão não tem universidades”, acrescentou.

Segundo Dutra, a média de salário dos professores do Maranhão é de R$ 630, “um salário mínimo”. Mas, afirmou os profissionais não pedem apenas melhorias salariais. Dentre as reivindicações constariam também pontos como aplicação do piso nacional dos professores (de R$ 1.187,08, segundo o Ministério da Educação), realização de concurso público e plano de reestruturação da estrutura física e operacional das escolas do estado.

Reação

Domingos Dutra criticou a reação inicial do governo às demandas dos professores. De acordo com o deputado, o chefe da Casa Civil, Luís Fernando Silva, disse “que o governo quer que a greve continue porque economiza, deixa de pagar luz, água e papel”. Dutra considerou lastimável que o governo que “prometeu uma revolução na educação trate com deboche uma reivindicação justa para a área, que pode ajudar a superar a pobreza e a desigualdade regional”.

Domingos Dutra afirmou ainda que, apesar de sua localização privilegiada e da riqueza de seus recursos naturais, o Maranhão continua entre os estados mais pobres do Brasil. As causas do problema, na opinião do deputado, não são econômicas, mas políticas. “Nossa pobreza é decorrente do longo tempo de poder de uma família. “Há 57 anos o sr. José Saddam Mubarak Sarney utiliza o poder em Brasília para manter o povo maranhense na taca, na exploração e na miséria,” criticou o deputado.

Do site do Sinproesemma

quarta-feira, 16 de março de 2011

Greve dos educadores entra no 16º dia


A greve dos trabalhadores em educação da rede estadual maranhense entra hoje no 16º dia. Segundo o Sinproesemma, 65% dos educadores estão parados. A adesão só não seria maior por causa da resistência dos trabalhadores temporários (contratados), que sofrem mais ameaças por parte dos gestores das escolas.
Ontem, os educadores maranhenses realizaram manifestações em várias cidades: em São Luis, cerca de 5.000 trabalhadores em educação saíram em passeata da Praça Deodoro até a sede da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Os manifestantes contaram com o apoio do deputado estadual Bira do Pindaré (PT).
Bira informou que nesta quarta-feira, 16, a secretária de Educação, Olga Simão, será ouvida pela Comissão da Educação da Assembléia Legislativa, às 15h, e conclamou os educadores a se fazerem presentes.
Em Imperatriz, os educadores também realizaram passeata ontem de manhã, que culminou com ato público na Praça de Fátima.
Em Pio XII, os trabalhadores em educação receberam a solidariedade dos pais dos alunos, em assembléia realizada na tarde de ontem, com cerca de 370 pais, mães e responsáveis.

Pais de alunos solidarizam-se com a greve dos educadores maranhenses

Ontem à tarde em Pio XII, na Assembléia de Deus, os trabalhadores em educação da rede estadual realizaram uma grande assembléia com a participação dos pais de alunos. Na reunião, os trabalhadores em educação mostraram a necessidade da realização da greve e tranqüilizaram os pais quanto à reposição das aulas.

Representando o Sinproesemma, o professor Riba Andrade apresentou a pauta de reivindicações e fez uma retrospectiva das negociações com o governo do Maranhão.

Uma das mães presentes propôs que o apoio dos pais fosse viabilizado por meio de medidas concretas, sendo aprovado o envio de um abaixo-assinado dos pais dos alunos da rede estadual de ensino em Pio XII, solicitando à governadora Roseana Sarney o atendimento das reivindicações.

O abaixo-assinado, que conta com a assinatura de 370 pais, mães e responsáveis, é mais um ato de solidariedade à luta dos educadores, na tentativa de sensibilizar a governadora do Maranhão.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Educadores percorrem as ruas e fazem panfletagem


No segundo dia de greve, os educadores da rede estadual em Pio XII percorreram as ruas centrais da cidade e fizeram panfletagem. A adesão à greve em Pio XII é de 100%.
Representando o movimento grevista, o professor Riba Andrade concedeu entrevista à rádio comunitária Babaçu FM, no final da manhã de ontem.
Os trabalhadores em educação preparam a organização de uma grande passeata que contará com a solidariedade dos alunos e dos pais, mães e responsáveis.

Deputado Bira do Pindaré defende greve
Em pronunciamento realizado na manhã desta quarta-feira (2), na Assembléia Legislativa, o deputado Bira do Pindaré (PT) declarou seu apoio à greve, responsabilizando o governo do estado pela atual crise no ensino.

terça-feira, 1 de março de 2011

GREVE: Pio XII sem aulas nas escolas estaduais

Trabalhadores em educação da rede estadual iniciam greve por tempo indeterminado.

Assim como acontece em todo o Maranhão, em Pio XII os trabalhadores em educação da rede estadual de ensino entraram em greve hoje, 1º de março. As três escolas estaduais, Cema, Newton Bello e Rafael Braga estão sem aulas desde a noite de hoje. Durante todo o dia, os trabalhadores em educação distribuíram panfletos explicando a greve à população. À noite, os educadores pararam totalmente as atividades.

Amanhã, os trabalhadores em educação se concentrarão em frente à sede do Sinproesemma (na Rua Dr. José Burnet). Depois sairão em caminhada pelas ruas centrais até a rádio Babaçu FM, onde ao meio-dia farão comunicado à população no programa de Nilton Carlos. Os educadores reivindicam à governadora Roseana Sarney o cumprimento de uma pauta composta de 22 itens:

1 - Aplicação imediata de Tabela Salarial com base na Lei do Piso;
2 - Aprovação imediata do Estatuto do Educador acordado com o governo em 2010;
3 - Criação de um Plano Estadual com a participação democrática dos educadores do Maranhão;
4 - Concurso público imediato para funcionários de escola;
5 - Prorrogação da validade do concurso 2009;
6 - Nomeação dos excedentes do último concurso público;
7 - Concessão imediata das Promoções, Progressões e Titulações;
8 - Regularização de concessão das licenças prêmios;
9 - Cumprimento da decisão judicial, quanto ao pagamento do acordo revogado pela Lei 7.885/2003;
10 - Garantia de horas extras para os educadores que ultrapassarem a jornada de trabalho semanal na unidade de ensino;
11 - Celeridade no processo de aposentadoria;
12 - Formação inicial e continuada aos educadores;
13 - Ampliação do Programa Pró-Funcionário;
14 - Criação da gratificação de estímulo profissional para funcionário de escola;
15 - Cumprimento da legislação (CEE/MA) vigente quanto ao limite de alunos e sala de aula;
16 - Isonomia salarial entre os professores contratados e efetivos;
17 - Reajuste imediato do vale transporte;
18 - Fim da terceirização nas escolas;
19 - Melhoria das condições de trabalho;
20 - Promoção da melhoria das condições de saúde e segurança no trabalho em todos os espaços das escolas públicas estaduais;
21 - Regionalização da assistência à saúde;
22 - Criação de um plano estratégico de recuperação e ampliação das estruturas físicas do sistema educacional.